O Brasil tem mais de 5.600 foragidos por estupro de vulnerável, e quase metade já foi condenada em definitivo — ou seja, não podem mais recorrer.
Os mandados de prisão levam, em média, quase quatro anos para serem cumpridos, o que dá margem para fuga dos agressores, principalmente em crimes cometidos contra crianças.
Relatos de vítimas nem sempre são considerados provas suficientes, e a demora na expedição do mandado impede a prisão preventiva em muitos casos.
A análise dos documentos feita pelo site G1 mostra que os mandados por estupro de vulnerável estão abertos há, em média, três anos e 10 meses. O mais antigo foi expedido em 2005, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
Falta de investimento e falhas no Banco Nacional de Mandados de Prisão dificultam a atuação das polícias, segundo o secretário nacional de Segurança Pública.
Cadastro Nacional de Estupradores, previsto em lei em 2021 e sancionado em novembro de 2024, ainda não foi implementado, apesar de ser apontado como ferramenta crucial para evitar novos crimes.