sábado, abril 27, 2024
Com Beto Carmona
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Faustão recebe um novo coração e especialista explica que dinheiro não compra prioridade

Neste domingo (27), ocorreu a bem-sucedida cirurgia de transplante de coração em Fausto Silva, de 73 anos, que aguardava na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). A operação, que teve duração de 2 horas e meia, foi avaliada pelos profissionais de saúde como um sucesso. O apresentador ficou sob cuidados intensivos desde 5 de agosto, em virtude de uma deficiência cardíaca e procedimentos de diálise.

O procedimento cirúrgico foi executado por uma equipe médica composta pelos doutores Fernando Bacal, especialista em cardiologia, Fábio Antônio Gaiotto, cirurgião cardiovascular, bem como Miguel Cendoroglo Neto, Diretor Médico e de Serviços Hospitalares, todos vinculados ao Hospital Israelita Albert Einstein.

No intuito de esclarecer os motivos que levaram a priorização de Fausto Silva na lista de espera para doação de órgãos, o doutor José Pedro Esteves Dias, médico cirurgião cardiovascular, cuja proficiência é reconhecida pela Sociedade de Cirurgia Cardiovascular e que possui experiência em transplantes cardíacos, detalha de modo minucioso os critérios adotados para selecionar Faustão dentre os demais pacientes que aguardam atendimento pelo SUS.

Retrato do Dr José Pedro Esteves Dias, cirurgião cardiovascular, especialista pela Sociedade de Cirurgia Cardiovascular, com experiencia em transplante cardíaco – Foto: Divulgação

“Todo paciente que tem insuficiência cardíaca, e está naquela fase de aguardar o órgão para transplante cardíaco, fica em ambiente domiciliar aguardando. Mas quando o paciente piora, o caso se complica, ele vai para o hospital. No caso do Faustão, ele teve uma piora muito, muito considerável. Nesse caso é independente de ser Faustão ou a instituição Albert Einstein. Até porque, lá no próprio Einstein existe um programa vinculado ao SUS pela própria filantropia que o hospital tem, onde existem enfermarias de pacientes que estão na lista de transplante”, explica Dr. José Pedro.

“Faustão estava com um quadro muito, muito grave. Além de estar internado ele teve que ser conduzido a UTI e começou a fazer falência de múltiplos órgãos e sistemas. E quando você se encontra nessa situação, não é o dinheiro, mas sim a urgência pois, caso contrário, o paciente vai morrer. O caso dele foi exatamente esse, quer dizer ele estava dentro de uma instituição que tem um programa fidelizado junto a secretaria de doação de órgãos, um programa de transplante que funciona muito bem, repito, também para pacientes de SUS pela filantropia, mas no caso do Faustão ele estava pior do que todos aqueles que ali se encontravam. Faustão declinou muito da sua insuficiência cardíaca, entrou em fase de falência de múltiplos órgãos e sistemas. Quer dizer, ele estava já numa situação que se realmente perdurasse, provavelmente ele entraria em choque cardiogênico e seria intubado”, esclarece o especialista.

“Então apareceu o órgão, a compatibilidade do órgão para com ele tornou-se viável em todos os critérios necessários e aí passa na frente independente da condição financeira. Passar na frente poderia acontecer com qualquer outro paciente que estivesse nas mesmas condições”, salienta.

Fotos: Renato Pizzutto/Band / Divulgação

Fonte: ofuxico.com.br

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