O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional Eleitoral do estado do Rio pediu nesta quarta-feira, dia 14, a inelegibilidade e a cassação da chapa do governador Cláudio Castro (PL), que foi reeleito no mês de outubro, ainda em primeiro turno. O MPF acusa Castro e outros agentes públicos de abuso de poder político e econômico e de conduta proibida para agente público no escândalo que ficou conhecido por das contratações secretas para a Fundação Centro Estadual de Estatística, Pesquisa e Formação de Servidores Públicos do Rio (Ceperj) e para programas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O caso chegou a ser denunciado por adversários do governador durante a campanha eleitoral, porém não houve consequências e Cláudio Castro acabou sendo reeleito.
O jornal ‘O Globo’ afirma que entre os denunciados por envolvimento no episódio há seis secretários ou ex-secretários de Cláudio Castro, todos favorecidos com a contratação destes assessorias, que seriam na verdade apenas cabos eleitorais. A existência deste grupo de pessoas remuneradas por dinheiro público durante o processo eleitoral configuraria desigualdade na disputa em comparação com os adversários do governador.
O Ministério Público Federal pediu a cassação e inelegibilidade também do vice-governador eleito, Thiago Pampolha (União Brasil), e do deputado estadual eleito Rodrigo Bacellar (PL), atual secretário de Estado de Governo. Outras nove pessoas foram citadas pelo MPF, incluindo o ex-secretário de Governo de Angra, Marcus Venissius Barbosa, que foi candidato a deputado federal este ano.
Anda não houve manifestação pública do governador a respeito do pedido do MPF, que ainda será analisado pela Justiça do Rio.