Fonte: Globo.com
Por 323 votos a 172 e uma abstenção, a Câmara dos Deputados aprovou, em 2º turno, nesta terça-feira (10), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.
A votação teve um placar mais folgado para o governo em comparação com o 1º turno, na semana passada. Na ocasião, a proposta recebeu apenas quatro votos a mais do que os 308 necessários.
Todos os destaques do segundo turno foram rejeitados, e a matéria segue agora para o Senado, onde também será votada em dois turnos.
A proposta adia o pagamento de precatórios, que são dívidas do governo já reconhecidas pela justiça, e altera o cálculo do teto de gastos.
Mudança de opinião
A oposição converteu o voto de mais parlamentares entre o 1º e o 2º turno da votação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados, mas o governo e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), conseguiram neutralizar o movimento, ampliando o quórum da votação e garantindo a aprovação da proposta.
Oitenta e dois deputados federais mudaram de posição entre os dois turnos da votação da PEC, que é a principal aposta do governo para bancar o Auxílio Brasil, mas é criticada por parcelar dívidas que deveriam ser pagas em 2022 e por mudar as regras para aumentar o teto de gastos.
A oposição conseguiu fazer com que 15 deputados que votaram SIM no 1º turno mudassem para NÃO no 2º turno, enquanto Lira e o governo do presidente Jair Bolsonaro conseguiram “converter” apenas 4 votos.
Mas o presidente da Câmara e governo compensou essas “traições” levando 29 deputados que não haviam comparecido no 1º turno para votar SIM no 2º turno (a oposição conseguiu mais 22 votos desta mesma forma).