sábado, novembro 9, 2024
Com Beto Carmona
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RS enfrenta a maior tragédia climática de sua história; entenda

As chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul no início de maio provocaram as maiores enchentes já registradas na história do Estado. Os números superam os do ano de 1941, quando as cidades gaúchas também foram atingidas por uma cheia histórica.

O volume de água afetou 385 cidades, submergiu bairros inteiros e obrigou à evacuação de moradores de áreas de risco para abrigos públicos. A tragédia deixou mais de um milhão de pessoas afetadas, com 85 mortes confirmadas e 134 desaparecidos até o momento.

O que causou as chuvas intensas?
A presença de uma massa de ar fria vinda do sul (Argentina) e uma massa de ar seco e quente vinda do Centro do Brasil estacionou sobre o Estado, causando tempestades constantes, segundo os meteorologistas da MetSul.

Por que alagou tanto?
As chuvas concentradas na região de nascentes de grandes rios do Estado, como Taquari e Caí, provocaram enchentes históricas. Além disso, o rompimento de barragens, transbordamento de diques de proteção e limitações no sistema de escoamento contribuíram para a gravidade da situação.

Áreas mais afetadas
Os locais mais atingidos são o centro-oeste e o centro do Estado (Santa Maria), os vales, o norte da Lagoa dos Patos, a Grande Porto Alegre, a Serra e o Litoral Norte. Cidades turísticas, como Canela e Gramado, e municípios como Fontoura Xavier e Soledade foram fortemente impactados.

Por que o RS é mais atingido?
O Estado é um ponto de encontro entre sistemas polares e tropicais, o que favorece fenômenos climáticos. Os especialistas também destacam o impacto do El Niño e das mudanças climáticas, que tornam esses eventos mais frequentes e intensos.

Medidas para reconstrução
O governo do Estado planeja investir R$ 117,7 milhões na recuperação das estradas destruídas. O governador Eduardo Leite pediu um “Plano Marshall” para a reconstrução, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou um Projeto de Decreto Legislativo para agilizar a assistência federal. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, propôs um “orçamento de guerra” para a reconstrução.

A situação é considerada emergencial, com esforços coordenados dos governos estadual e federal para a recuperação do estado.

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