O secretário municipal de Saúde de Angra dos Reis, Glauco Fonseca, responsabilizou a Irmandade da Santa Misericórdia, gestora da Santa Casa de Misericórdia da cidade, pelos atrasos e falta de pagamento de ex-funcionários desligados da entidade a partir da mudança de gestão na única maternidade da cidade. Há cerca de um mês, a prefeitura de Angra desapropriou o prédio da antiga Santa Casa e assumiu o controle do espaço. Funcionários da Santa Casa foram demitidos.
— Nós depositamos em juízo o valor da indenização pelo prédio, mas a Irmandade ficou inerte. Nós orientamos sobre como fazerem para terem acesso ao recurso, mas isso não foi feito. No que diz respeito à prefeitura, nossas obrigações estão em dia — resumiu o secretário Glauco durante entrevista ao programa Talk Show nesta segunda-feira, dia 18.
O secretário informou que a prefeitura fez um depósito de R$ 15 milhões em juízo em favor da Irmandade. Seria a indenização pela desapropriação, calculada em cerca de R$ 19 milhões. A Justiça mandou calcular se o valor faz jus ao patrimônio desapropriado. Este cálculo pode demorar mais de um mês.
Nesta terça-feira, dia 19, a secretaria de Saúde, ex-funcionários e a Irmandade terão uma reunião de conciliação em busca de acordo. Glauco Fonseca insinuou que havia má gestão na Santa Casa e que, por isso, muitos funcionários do antigo hospital não foram admitidos para continuarem na maternidade sob a gestão pública por meio de uma Organização Social (OS).
A íntegra da entrevista do secretário ao Talk Show está disponível em nosso canal de podcasts.