Metalúrgicos do estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, decretaram greve a partir da última segunda-feira, dia 26, em virtude de desacordo na negociação salarial anual da categoria. O movimento grevista atingiu na quarta-feira, dia 28, ao menos 70% de adesão e a produção na área industrial está paralisada.
Dois diretores do Sindicato dos Metalúrgicos participaram ao vivo do Talk Show para dar informações sobre o andamento do movimento grevista e de reivindicação. A presidente do Sindicato, Cristiane Marcolino, e o diretor Manoel Salles, justificaram a paralisação, decidida, segundo eles, pela maioria da categoria em assembleia.
— A greve é o último recurso que o sindicato usa para poder pressionar a empresa em busca de um aumento justo. Enquanto tinha diálogo, o sindicato tentou resolver com diálogo. Depois que a empresa deu por encerrada a negociação, a categoria decidiu por maioria, pela paralisação — afirmou a presidente Cristiane.
O reajuste salarial oferecido pela empresa controladora do estaleiro foi de reajuste linear de 4,2% nos salários e no ticket alimentação, além de abono de R$ 800, dividido em duas parcelas, sendo a segunda em abril do ano que vem.
Cristiane e Manoel Salles afirmaram ainda que há um canal aberto para negociar o fim da paralisação, com mediação do sindicato patronal. As duas partes terão encontro nesta quinta-feira, dia 29, no Rio de Janeiro, para tentar retomar a negociação por reajuste superior, com ganho real para os trabalhadores. No índice de 4,2%, o ganho acima da inflação seria de apenas 0,33%, afirma o Sindicato dos Metalúrgicos.
Ante dezenas de perguntas e comentários dos ouvintes sobre as justificativas e inconvenientes da paralisação, os dois diretores deram várias respostas e negaram que tenha havido ato de violência ou de retaliação a trabalhadores que estejam indo e entrando na área industrial, mesmo sem trabalhar efetivamente.
— O Sindicato está fazendo aquilo que foi decidido em assembleia. Se 90% dos trabalhadores decidiram pela greve e tem um grupo de pessoas, que chamamos de ‘pelegos’, que está insatisfeito, é a favor da greve, mas quer que outros consigam benefícios por eles. Estamos seguindo a lei. Ninguém foi ameaçado ou impedido de entrar — garantiu a presidente.
Confira abaixo a íntegra da entrevista:
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