O futuro e as perspectivas para uma possível retomada das atividades no porto de Angra dos Reis serão debatidas hoje, dia 11, entre integrantes do governo angrense, trabalhadores portuários e de outras categorias associadas ao terminal portuário angrense, durante reunião, em Brasília, com o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França.
O porto de Angra está arrendado a operadores privados desde 1999 e poderá voltar às mãos da União em 2024, por meio da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), que continua dona de toda área do terminal e das retroareas. Uma dívida contraída pelo atual arrendatário no período da pandemia (2020/22) é um dos entraves para o fim do contrato com a União.
A baixa movimentação de carga no porto é outro motivo de preocupação. Desde o final de 2010, após chuvas destruírem o ramal ferroviário entre Barra Mansa e Angra, o porto angrense não recebe mais cargas transportadas por trens. Há cerca de um mês, durante encontro com trabalhadores, a prefeitura angrense prometeu apoio ao movimento de reativação do terminal.
— Tiramos uma comissão e vamos trabalhar juntos para que possamos movimentar carga no porto de Angra dos Reis. Meu pai sempre dizia: quando o porto vai bem, o dinheiro circula pela cidade e a cidade vai bem. Vamos buscar a união da Prefeitura com os trabalhadores, o Governo Estadual e o Governo Federal, para trazermos tranquilidade para a família portuária — informou o prefeito Fernando Jordão (PL).
O próprio governo angrense, no entanto, cobriu com asfalto, parte da linha férrea durante a reforma da avenida Ayrton Senna, na praia do Anil, e em outros trechos onde a ocupação imobiliária avançou sem controle.
A reunião com o ministro França ocorre por solicitação da deputada federal Maria Rosa (REP/SP) e está marcada a partir das 17h, no edifício sede do Ministério, em Brasília.