quinta-feira, novembro 21, 2024
Com Beto Carmona
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“Ainda estou aqui” emociona ao transformar história pessoal em alerta sobre o fascismo

A nova produção “Ainda estou aqui”, dirigida por Walter Salles, adapta o livro de memórias de Marcelo Rubens Paiva e transforma a história pessoal da família do escritor em um poderoso alerta contra os perigos do fascismo. Com estreia marcada para 7 de novembro, o filme marca o reencontro do diretor com Fernanda Montenegro e traz uma interpretação impressionante de Fernanda Torres.

Apesar de ser baseado na vida real de Eunice Paiva, mãe do autor, o longa transcende o drama familiar ao tocar em questões universais. A trama acompanha a vida de Eunice, interpretada por Torres, que precisa se reinventar após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, morto pela ditadura militar nos anos 1970. Com uma abordagem sensível e delicada, Salles constrói um retrato devastador da opressão do regime militar e das consequências deixadas por ele, sem recorrer a cenas explícitas de violência.

Após conquistar o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza e ser aclamado pela crítica internacional, “Ainda estou aqui” desponta como a maior esperança do cinema brasileiro para uma indicação ao Oscar em mais de duas décadas.

Sem apelar para discursos didáticos ou excessivos, “Ainda Estou Aqui” é uma obra que faz pensar e emociona, deixando um alerta claro sobre os riscos de regimes autoritários. A interpretação poderosa de Torres, aliada à direção precisa de Salles e ao talento de Montenegro, faz do longa um marco na cinematografia brasileira.

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