A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã de domingo (24), três suspeitos na investigação que apura a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A operação teve como alvo principal o atual deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), que na época do crime era vereador do Rio junto à Marielle, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE/RJ) Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, que chefiou a Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro e teria atuado para evitar que este caso fosse investigado.
Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação foi intitulada pela PF de operação Murder Inc. e acontece menos de uma semana após o STF ter homologado a delação premiada do ex-policial militar Ronny Lessa, que foi preso em março de 2019 pela participação nas mortes.
Em seu perfil nas redes sociais, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle Franco, escreveu: “Só deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê? Grande dia!”.
A operação inclui o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes (GAECO/FTMA), a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República.