Dois anos depois do triste acidente aéreo que resultou na morte de Marília Mendonça e outras quatro pessoas, a investigação da Polícia Civil de Minas Gerais chegou ao fim. Os resultados foram apresentados em uma coletiva na última quarta-feira (04), indicando que os pilotos tiveram falhas que levaram ao acidente.
“Apresentamos a conclusão do inquérito com o máximo de respeito. Sabemos que foi um acidente, mas é função da Polícia Civil apontar a causa e materialidade… É fato que a aeronave se chocou com a torre de transmissão e ela não era sinalizada, porém, não era obrigatória a sinalização da torre devido à altura e à distância em que ela está da zona de proteção do aeródromo”, pontuou Ivan Lopes Sales.
Os pilotos, identificados como Geraldo Martins de Medeiros Junior e Tarcísio Pessoa Viana, aparentemente não estavam familiarizados com a área onde o avião caiu. Também foram mencionadas medidas de segurança que deveriam ter sido tomadas e não foram.
“Os manuais de procedimentos operacionais padrões da aeronave previam que o piloto deveria fazer o levantamento da existência de possíveis obstáculos nas proximidades. Caso os pilotos não tivessem tido a oportunidade de fazer esse levantamento, o manual previa um voo em passagem baixa para fazer esse levantamento no momento da aproximação”, revelaram os investigadores.
Logo depois, Sávio Assis Machado deu mais detalhes a respeito da conduta dos responsáveis. “Mas ficou evidenciado que os pilotos ultrapassaram a perna do vento, não respeitando o manual. Ao ultrapassar, saíram da zona de proteção do aeródromo. Além disso, neste caso, qualquer responsabilidade de antena, morro e obstáculos, cabia aos pilotos observar. O alargamento da perna do vento não é vedado pela aeronáutica. Fica a critério da tripulação, mas entendemos que houve tomada de decisão equivocada e acabaram colidindo”, pontuou.
“Em face disso, restou evidenciar prática de homicídio culposo por parte dos pilotos. Sendo certo que, ao final do inquérito, foi sugerida a extinção da punibilidade em face da morte dos tripulantes e sugerido o arquivamento do inquérito, concluindo pela negligência e imprudência por parte da tripulação”, concluiu o delegado.
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Fonte: emoff.meionorte.com