Em julho, prédios públicos em todo o país serão iluminados com luzes de cor amarela, além de palestras, atividades educativas, eventos e campanhas serão dedicadas à conscientização e prevenção das hepatites virais. A lei que estabelece o calendário de atividades do Julho Amarelo foi sancionada pelo presidente Lula nesta terça-feira, dia 4.
Por serem doenças silenciosas, que atingem o fígado em um processo infeccioso, as hepatites virais muitas vezes evoluem para doenças mais graves, como câncer hepático ou cirrose, sem que o paciente tenha um diagnóstico. No Brasil, as hepatites mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda os vírus D e E, menos frequentes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas Américas cerca de 5,4 milhões de pessoas vivem com infecções por hepatite B, enquanto 4,8 milhões estão infectadas com hepatite C. Apenas 18% dos que vivem com hepatite B sabem que estão infectados e apenas 3% recebem tratamento.
O objetivo da nova lei é envolver a administração pública, instituições da sociedade civil e organismos internacionais, presentes no Brasil, em atividades que tenham foco na conscientização, prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos. A lei determina ainda que essas atividades devem ser desenvolvidas de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
A data de 28 de julho é o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais e lembra que a meta da OMS é a eliminação das infecções virais por hepatite B e C, até 2030.