O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino tomou posse, nesta quinta-feira (22), como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele assume a vaga deixada por Rosa Weber, após aposentadoria compulsória em outubro do ano passado.
Dino foi empossado durante cerimônia realizada no plenário da Corte, que contou com a presença de cerca de 800 convidados, entre eles, o presidente Lula e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O novo ministro vai herda cerca de 340 processos do gabinete de Rosa Weber e vai se tornar relator de processos sobre a atuação do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia de covid-19 e sobre a legalidade dos indultos natalinos assinados durante a gestão do ex-presidente.
O indicado de Lula teve o nome aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado por 17 votos a 10. Em seguida, ele também foi aprovado pelo plenário da Casa com placar de 47 votos a 31. Dino chega à Corte com 55 anos e tem pela frente outros 20 anos, até completar 75 anos, idade para aposentadoria compulsória dos membros do Supremo.
Perfil
Flávio Dino é formado em direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Foi juiz federal, atuou como presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e chefiou a Secretaria-Geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em 2006, entrou para a política e se elegeu deputado federal pelo Maranhão. Entre 2011 e 2014, ocupou o cargo de presidente da Embratur.
Nas eleições de 2014, Dino foi eleito governador do Maranhão pela primeira vez, sendo reeleito no pleito seguinte, em 2018. Em 2022, venceu as eleições para o Senado, mas deixou a cadeira de parlamentar para assumir o comando do Ministério da Justiça do terceiro mandato de Lula.
